terça-feira, 8 de julho de 2008

Bruna Schmitz a caminho do WCT 2009

A paranaense Bruna Schmitz, 18 anos, retorna nesta segunda-feira para disputar o SuperSurf, trazendo de Durban, África do Sul, um resultado que a coloca mais próxima do WCT 2009.

A conquista da terceira colocação na sétima etapa do WQS fez com que Bruna subisse para a terceira posição no ranking. Na soma dos cinco melhores resultados, ela já conta com três e precisa trocar mais duas pontuações baixas para carimbar o passaporte.

Nem as geladas ondas, nem a líder do ranking foram capazes de deter a paranaense. Na boa caminhada, Bruna só foi barrada pela campeã da etapa, a também brasileira Silvana Lima.

O Mr. Price Pro é um dos eventos mais antigos e tradicionais do mundial de surf e Bruna aproveitou a semelhança das ondas do píer de North Beach com o pico de Matinhos para chegar ao seu terceiro grande resultado na temporada.

Paranaense de 18 anos ocupa a terceira posição no WQS. Foto: Aleko Stergiou.

No começo do ano, na Austrália, ela foi vice-campeã da primeira etapa e chegou às quartas-de-final na segunda. Como estes eventos eram de níveis 6 estrelas, Schmitz disparou como a melhor brasileira no circuito e está muito próxima de uma das vagas no WCT 2009.

"É muito difícil conseguir a classificação, pois são mais de 100 meninas do mundo todo e apenas as seis melhores se qualificam", explica Bruna, que acredita ter conseguido um resultado na hora certa.

"Eu tinha caído para a sétima posição e precisava ir bem aqui em Durban. Agora restam apenas três etapas importantes até o fim do ano. Espero que eu vá tão bem quanto aqui", espera.

Para chegar à terceira colocação, Bruna derrotou outras sete adversárias, começando pela japonesa Erina Taniguchi e a sul-africana Brownin Coote na primeira fase; a francesa Carolina Serran e a australiana Rebecca Oakley na segunda e a líder do ranking Sally Fitzgibbons nas oitavas-de-final, derrotada juntamente com a sul-africana Bianca Buitendag.

A disputa mais emocionante ficou para o sábado, quando novamente outra surfista local enfrentou a paranaense nas quartas-de-final. Heather Clark começou liderando, mas apenas pôde assistir à virada depois que Bruna surfou uma onda que lhe valeu nota 8,84 e a vaga na semifinal.

Na disputa por um lugar na grande decisão, duas brasileiras se encontraram e a experiência de Silvana Lima, 25 anos, pesou, mas não tirou o sorriso do rosto da revelação do surf nacional.

"Estou muito feliz! Vou ainda para a Califórnia, Portugal e Hawaii atrás dos pontos que faltam para ver se consigo a minha classificação", diz por telefone. No Brasil, mais três etapas serão disputadas, mas todas apenas com níveis 4 estrelas, o que não deve alterar muito a composição da tabela.

História - Na história do surf mundial profissional, apenas quatro atletas do surf feminino brasileiro chegaram à elite do esporte mundial - Andrea Lopes (quando ainda não existia o formato WCT / WQS), Tita Tavares, Silvana Lima e Jacqueline Silva.

Ao todo são 14 etapas, mas, pelas regras, são computados somente os cinco melhores resultados de cada uma. Bruna já tem três importantes (um 2º, um 3º e um 5º) somando até agora 6615 pontos. Se continuar neste ritmo, em 2009 poderá se tornar também a terceira paranaense a integrar o WCT. Peterson Rosa e Jihad Khodr, também de Matinhos, já chegaram lá.

A pouca idade também chama atenção, mas a paranaense vem se destacando desde cedo. A profissionalização veio ainda aos 15 anos. Com 16 já estava no SuperSurf e disputando as primeiras etapas do WQS.

Em 2008, o ótimo começo de ano na Austrália indicou o caminho. "Sou muito nova. Chegar ao WCT com 18 anos é uma coisa que ninguém planeja. Por isso, se der, ótimo, mas sempre vou levar tudo como uma experiência".

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