segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bede Durbidge é o campeão do Hang Loose Santa Catarina Pro

O australiano Bede Durbidge, 25 anos, é o novo campeão do Hang Loose Santa Catarina Pro, a etapa brasileira do WCT, que foi encerrado no domingo de boas ondas de 1,5 metro de altura na Praia da Vila, em Imbituba. Sua primeira vitória no ASP World Tour 2008 foi conquistada com um dos maiores placares do campeonato iniciado na terça-feira, 17,76 pontos de 20 possíveis.

Na grande final, ele não deu chances ao francês Jeremy Flores, 20 anos, que pela primeira vez decidia o título de uma etapa, desde que entrou na divisão de elite do esporte no ano passado. A vitória valeu 30.000 dólares e o australiano sai do Brasil na vice-liderança do ranking, que era ocupada pelo seu compatriota Taj Burrow.

Os brasileiros pararam nas quartas-de-final, com o cearense Heitor Alves, o carioca Leonardo Neves e o pernambucano Bernardo Pigmeu, dividindo a quinta posição no Hang Loose Santa Catarina Pro, com cada um recebendo 9.000 dólares, enquanto o vice-campeão faturou um prêmio de 18.000 dólares.

Esta foi a última edição da etapa brasileira do WCT realizada nesta época do ano, pois em 2009 já foi confirmada numa nova data, entre os dias 27 de junho e 05 de julho, período em que a Praia da Vila apresenta ondas bem maiores do que no mês de outubro. Além disso, todos os integrantes da elite participarão por ser realizada no meio da temporada.

“Relutamos bastante porque tínhamos sempre a possibilidade de decidir o título mundial, como já aconteceu três vezes, com o tricampeonato do Andy Irons, o hepta do Kelly Slater e o primeiro título do Mick Fanning no ano passado. Mas, quando o título é decidido antes, corre-se o risco do evento ser esvaziado com a ausência de vários tops. No entanto, o principal é que pela primeira vez a etapa brasileira do WCT passa a ser realizada na época de maiores ondas principalmente aqui na Praia da Vila”, falou Xandi Fontes, que atua como diretor de prova no Hang Loose Santa Catarina Pro e é um dos organizadores da etapa brasileira do WCT em Imbituba.

Toda a expectativa era para que fosse quebrado um tabu de 10 anos sem vitórias verde-amarelas no ASP World Tour do Brasil, pois o último foi conquistado pelo paranaense Peterson Rosa em 1998 na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Os três que se classificaram para o domingo, ainda venceram uma bateria e depois acabaram eliminados nas quartas-de-final. O último a cair foi o cearense Heitor Alves, que pelo menos ingressou na lista dos 27 primeiros colocados no ranking que são mantidos na elite do surfe mundial no ano que vem. Ele foi superado pelo havaiano Fredrick Patacchia e subiu do 29.o para o 24.o lugar no ranking.

“Como é meu primeiro ano no WCT está ótimo, mas fiquei um pouco triste porque não consegui pegar as ondas boas, as certas. A primeira que peguei eu caí, mas está tranqüilo, vamos aí pro Havaí com força e confiança para garantir minha vaga lá. Infelizmente não achei as ondas nessa bateria como na primeira que eu tirei um 9 e pouco num aéreo rodando animal. Ele ficou pegando as ondas mais embaixo e foi somando pontos, eu preferi aguardar uma maior que não veio dessa vez. Mas, um quinto lugar também está bom e quem sabe o ano que vem eu não esteja aqui disputando o título na final”, falou Heitor Alves, que atropelou o campeão mundial de 2001, C. J. Hobgood, com um largo placar de 17,23 x 13,50 pontos, antes da derrota nas quartas-de-final.

Antes dele, o carioca Leonardo Neves já havia perdido para o vice-campeão Jeremy Flores e o pernambucano Bernardo Pigmeu tinha sido eliminado pelo campeão Bede Durbidge. O francês ainda passou pelo seu compatriota Mikael Picon na semifinal e o australiano despachou o havaiano Fredrick Patacchia, com os dois derrotados dividindo o terceiro lugar no pódio do Hang Loose Santa Catarina Pro e recebendo 12.000 dólares e 876 pontos. Já na grande final só deu Bede Durbidge, que tinha duas vitórias no currículo, uma em 2006 numa final com Kelly Slater na Califórnia e a outra foi no Pipe Masters do Havaí em 2007.

Na decisão do título em Imbituba, o australiano já começou forte com uma nota 8,33. Quando o francês Jeremy Flores tentou reagir, recebeu a resposta com Bede Durbidge completando outra boa onda com um aéreo muito alto que arrancou um 9,43 dos juízes, praticamente confirmando sua primeira vitória na temporada. Aí começou um verdadeiro espetáculo, com o francês e o australiano arriscando aéreos incríveis na Praia da Vila. Logo depois, a chuva parou, as ondas melhoraram e Durbidge continuou surfando tranquilo para sacramentar seu terceiro título na carreira.

“Este ano as coisas aconteceram naturalmente e ano que vem vou concentrar toda a minha energia para buscar o titulo mundial. Eu procurei pegar as direitas nas minhas baterias, pois nas esquerdas não estava conseguindo boas notas, assim foquei em buscar as melhores direitas para tirar notas maiores. O Jeremy estava surfando muito bem e sabia que precisava surfar muito para vencê-lo. Agora vou para o Havaí ainda mais confiante em busca de uma segunda vitória em Pipeline, que é um evento que todo mundo deseja vencer. Vencer aqui foi alucinante e com certeza o povo brasileiro é um dos mais fanáticos do Tour, Só tenho que agradecer ao público e dizer para que continuem surfando”, falou o novo campeão do Hang Loose Santa Catarina Pro.

Já o vice-campeão Jeremy Flores gostou do resultado, mas saiu decepcionado da final. “Estou feliz por ter feito minha primeira final aqui no Brasil, mas triste pela final. Eu não pude fazer nada, o Bede não me deu chance de tentar qualquer coisa. Ele tirou um 8 e pouco logo na primeira onda e depois pegou mais uma bomba. Eu até tentei pegar alguma coisa, mas não deu e ele mereceu a vitória, pois surfou muito o campeonato inteiro”, reconheceu Jeremy Flores, que venceu uma inédita final francesa no ASP World Tour contra Mikael Picon, que garantiu sua vaga na elite com o terceiro lugar no Hang Loose Santa Catarina Pro.

“Foi uma bateria muito boa, a primeira no ano que eu surfei sem pressão alguma por estar surfando contra o Jeremy, portanto qualquer um que fosse para a final eu ficaria feliz”, confessou Mikael Picon,. “É uma sensação muito boa. Se eu ganhasse seria perfeito e se perdesse seria o meu melhor resultado, portanto estou feliz por mim, pelo Jeremy e também porque com esse resultado eu garanto a minha vaga no Tour do ano que vem”, completou o francês que já venceu uma etapa do WQS em 2001 na Praia da Joaquina, em Florianópolis. Ele chegou ao Brasil em 26.o lugar no ranking e subiu para a 18.a colocação.

O HANG LOOSE SANTA CATARINA PRO, a etapa brasileira do WCT, tem patrocínio da Nova Schin, VIVO e do Governo do Estado de Santa Catarina, através do FUNDESPORTE - Fundo de Incentivo ao Esporte da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, contando também com importante apoio da Prefeitura Municipal de Imbituba e CELESC e divulgação da Revista Fluir e Globoesporte.com. O maior campeonato do surfe sul-americano é uma realização do Grupo RBS, Gate Eventos e Federação Catarinense de Surf (FECASURF), com apoio da Associação de Surf de Imbituba (ASI) e promoção da Rede Atlântida FM. Mais informações nos sites: www.hangloose.com.br/wct2008 - www.aspsouthamerica.com.br – www.aspworldtour.com

HANG LOOSE SANTA CATARINA PRO – FINAL – 17.76 x 9.86 pontos:
Bede Durbidge (AUS) campeão com notas 9.43 e 8.33 – US$ 30.000 e 1.200 pontos
Jeremy Flores (FRA) vice-campeão com 5.03 e 4.83 – US$ 18.000 e 1.032 pontos

SEMIFINAIS - 3.o lugar – US$ 12.000 e 876 pontos:
1.a: Jeremy Flores (FRA) 14.00 x 13.73 Mikael Picon (FRA)
2.a: Bede Durbidge (AUS) 12.33 x 8.50 Fredrick Patacchia (HAV)

QUARTAS-DE-FINAL - 5.o lugar – US$ 9.000 e 732 pontos:
1.a: Jeremy Flores (FRA) 18.06 x 14.43 Leonardo Neves (RJ)
2.a: Mikael Picon (FRA) 12.23 x 11.83 Daniel Ross (AUS)
3.a: Bede Durbidge (AUS) 17.17 x 12.30 Bernardo Pigmeu (PE)
4.a: Fredrick Patacchia (HAV) 11.83 x 9.40 Heitor Alves (CE)

OITAVAS-DE-FINAL - 9.o lugar – US$ 6.300 e 600 pontos:
1.a: Leonardo Neves (RJ) 13.83 x 8.44 Marco Polo (SC)
2.a: Jeremy Flores (FRA) 15.00 x 11.40 Ben Bourgeois (EUA)
3.a: Daniel Ross (AUS) 13.50 x 13.00 Tom Whitaker (AUS)
4.a: Mikael Picon (FRA) 15.67 x 14.50 Taj Burrow (AUS)
5.a: Bede Durbidge (AUS) 14.60 x 9.50 Damien Hobgood (EUA)
6.a: Bernardo Pigmeu (PE) 14.34 x 13.00 Dayyan Neve (AUS)
7.a: Heitor Alves (CE) 17.23 x 13.50 C. J. Hobgood (EUA)
8.a: Fredrick Patacchia (HAV) 14.43 x 13.83 Tim Reyes (EUA)

RANKING ASP WORLD TOUR 2008 – 10 etapas:
Campeão: Kelly Slater (EUA) – 8.042 pontos
02: Bede Durbidge (AUS) – 6.780
03: Taj Burrow (AUS) – 6.324
04: Joel Parkinson (AUS) – 6.180
05: C. J. Hobgood (EUA) – 5.860
06: Adriano de Souza (BRA-SP) – 5.748
07: Adrian Buchan (AUS) – 5.370
08: Mick Fanning (AUS) – 5.310
09: Bobby Martinez (EUA) – 5.282
10: Jeremy Flores (FRA) – 5.214

Outros brasileiros:
24: Heitor Alves (CE) – 3.924 pontos
34: Leonardo Neves (RJ) – 3.052
35: Rodrigo Dornelles (RS) – 2.915
42: Neco Padaratz (SC) – 2.545
43: Jihad Khodr (PR) – 2.540

João Carvalho – Assessoria de Imprensa do Hang Loose Santa Catarina Pro - (48) 9988-2986
Tatiana Lemos – Assessoria Imprensa Grupo RBS – (47) 9171-5219 – tatiana.lemos@gruporbs.com.br
Depto. Comunicação Hang Loose: Nancy Geringer – nancy@hangloose.com.br – (11) 8556-4168

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